25 de fevereiro de 2014

Felicidade compartilhada

“Todos os caminhos são os mesmos. A única questão é se o caminho tem um significado. Se o tiver, é um bom caminho. Se não, não tem utilidade. Se o caminho é o amor, o fim não tem importância, o processo terá coração.”

Léo Buscaglia

Éramos doze voluntários e partimos ao encontro de outras realidades no bairro de
Terraços da Ponte, em Loures. Estávamos prontos para conhecer e dar-nos a conhecer, desejosos de ver os sorrisos das crianças e jovens que iriam estar connosco e que ansiávamos desde o dia em que nos inscrevemos neste projeto.

A relação entre os voluntários foi muito boa. O momento mais marcante, e que recordámos com mais carinho, foi o momento em que a carrinha que nos transportava entrou no bairro. A ansiedade girou a um ritmo alucinante e transformou-se em felicidade logo que as crianças nos abraçaram. Sentimo-nos as pessoas mais especiais do mundo por conseguirmos fazê-las sorrir. 

Pusemos mãos à obra, no sentido de dar o nosso melhor. A preparação das atividades mereceu-nos especial atenção pois as crianças eram a razão da nossa presença.

Durante o projeto tivemos visitas muito interessantes: ao Centro Ismaili, onde tomámos contacto com uma religião diferente da nossa; casa das Irmãs Servas do Espírito Santo e casa das Irmãzinhas de Jesus onde tivemos oportunidade de conhecer dois bairros distintos daquele em que trabalhávamos: Casal de Cambra e Quinta da Apelação. Numa dessas casas participámos numa Eucaristia muito especial, revestida de muita simplicidade, dado que estivemos reunidos, não à volta de um altar, mas sim ao redor da mesa onde, seguidamente, partilhámos uma refeição.

Gostaríamos de destacar o jantar com a comunidade pois ele foi revelador da nossa integração. Todos os momentos vividos, de uma forma geral, fizeram com que o tempo passasse a correr e com que fossem soltas muitas gargalhadas, dados muitos abraços e, sobretudo, com que houvesse muita entrega e cumplicidade.

Apesar de algumas despedidas no decorrer do projeto, o ambiente familiar predominou e, em pouco tempo, formámos uma família onde os seus elementos revelaram constante preocupação com os outros. Os “gosto muito de ti” foram, por isso, uma constante. Graças a este ambiente, e à boa relação que estabelecemos com as crianças, conseguimos superar as dificuldades e levar avante o nosso objetivo: concretizar um belo projeto! 

As crianças afirmaram que se divertiram imenso pois tiveram a possibilidade de passar mais tempo junto dos seus amigos. A maioria gostou das atividades propostas. 

Esta oportunidade que o grupo Diálogos nos proporcionou, e com o apoio do padre Valentim e do padre Manuel Meneses, aprendemos a ser de uma forma mais profunda, descobrimos a criança que há em nós, o amor que temos para dar aos outros. Crescemos por dentro e por fora, libertámo-nos de preconceitos e conseguimos dizer o quanto gostamos do outro. 

Concluímos o projeto com o desejo de voltar o mais rapidamente possível porque encontrámos nele um refúgio para a vida agitada em que mergulhámos e que nos desorienta e afasta do essencial. Estamos, por isso, dispostos a demostrar a quem nos rodeia o que aprendemos: “A felicidade só é verdadeira se for compartilhada”.

Grupo de Voluntários



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